quarta-feira, 15 de maio de 2013

Inclusão e a escola regular



“Incluir os alunos com deficiências importantes nas turmas de educação regular eleva a consciência de cada aspecto inter-relacionado da escola como uma comunidade: seus limites, os benefícios a seus membros, seus relacionamentos com o ambiente externo e sua história”.
(Taylor, 1992).



“Uma escola pode ser considerada inclusiva, quando não faz distinção entre seres humanos, não seleciona ou diferencia com base em julgamentos de valores como “perfeitos e não perfeitos”, “normais e anormais”.
É aquela que proporciona uma educação voltada para todos, de forma que qualquer aluno que dela faça parte, independente deste ser ou não portador de necessidades especiais, tenha condição de conhecer, aprender, viver e ser, num ambiente livre de preconceitos que estimule suas potencialidades e a formação de uma consciência crítica.
Inclusão não pode significar adequação ou normatização, tendo em vista um encaixar de alunos numa maioria considerada “privilegiada”, mas uma conduta que possibilitasse o “fazer parte”, um conviver que respeitasse as diferenças e não tentasse anulá-las.
A escola inclusiva deve ser aberta, eficiente, democrática, solidária e, com certeza, sua prática traz vários benefícios que serão abordados em um próximo artigo.
A escola inclusiva é aquela, como dito anteriormente, que se organiza para atender alunos não apenas ditos “normais”, mas também os portadores de deficiências, a começar por seu próprio espaço físico e acomodações. Salas de aula, bibliotecas, pátio, banheiros, corredores e outros ambientes são elaborados e adaptados em função de todos os alunos e não apenas daqueles ditos normais. Possui, por exemplo, cadeiras com braços de madeira tanto para destros quanto para canhotos, livros em braile ou gravados em fita cassete, corrimãos com apoio de madeira ou metal, rampas nos diferentes acessos de entrada e saída e assim por diante.
Mas, o principal pré-requisito não reside nos recursos materiais, já difíceis de serem obtidos por todos os estabelecimentos de ensino. O principal suporte está centrado na filosofia da escola, na existência de uma equipe multidisciplinar eficiente e no preparo e na metodologia do corpo docente.”( Elizabeth Salgado, 2010).


A inclusão como uma força para a renovação da escola apresenta uma compreensão de que a inclusão é uma força cultural para promover uma reforma, reestruturação e renovação das escolas.
A inclusão de pessoas especiais nas escolas regulares além de ser uma questão renovadora, também abrange medo e defesa: medo de como agir, o que mudará, professores se sentem inseguros em relação a forma de trabalhar. Mas para que seja positiva essa inclusão é preciso um trabalho criativo que tenha a elevação da consciência, suprimindo o medo, inserindo esses alunos num espaço onde possam se interagirem, com novos relacionamentos, novas estruturas, novos aprendizados, vendo a deficiência apenas como uma especialidade que pode proporcionar experiências, crescimento emocional tanto para esses alunos quanto para as demais pessoas das escolas: professores, colegas de classe, diretores, etc.
O texto nos aponta exemplos de duas crianças especiais inseridas nas escolas regulares mas, tratadas de forma diferentes : PETER que foi apenas colocado na sala de aula, estava sempre fora de atividades didáticas, assiste apenas aulas de arte e música com mais dois outros alunos especiais e com uma assistente de ensino de educação especial, nas lições de matemática ele apenas colore para o grupo, os benefícios alcançados com Peter foram apenas sociais (embora todas atividades quando ele está lá sejam individuais ou conduzidas para subgrupos de alunos especiais) e KATIE obteve mais progresso, ela pertencia à sua turma, as adaptações que sua presença provocou, trouxeram benefícios a ela, a seus colegas e aos professores, a menina se interagia com os colegas, realizava atividades em grupo onde também participava com seu jeito, a professora de educação regular tem responsabilidade didática com a assistência para o planejamento didático e dá duas horas de apoio a um educador especializado, que atua como co-professor para toda a turma, as atividades didáticas são adaptadas para promover integração na turma, os benefícios alcançados com Katie foram satisfatórios, onde os objetivos para todas as crianças são cognitivos e desenvolvimentais, estava presente na sala atividades de integração, companheirismo e respeito.
O exemplo acima nos mostra que para a inclusão seja realizada com sucesso necessita -se de pessoas realmente envolvidas, esforçadas, que estejam abertas a um relacionamento bem mais cooperativo, renegociando valores, comportamentos, adquirindo certas responsabilidades a mais.
Para a inclusão ter sucesso, as escolas devem ser comunidades conscientes pois, a comunidade é o vínculo que une os alunos e os professores de maneira especial, a algo mais importante do que eles próprios : valores e ideais compartilhados. A ideia principal da construção de uma comunidade consciente propõe uma direção para o trabalho de aprofundamento e fortalecimento dos alunos, como recursos para a educação de todos. Além da construção de comunidades, a inclusão jamais pode ser vista como competição entre alunos, o que requer melhor reflexão por parte dos professores. Os alunos com deficiências importantes podem despertar fortes emoções e energias humanas. Para trabalhar com a emoção e com a escuridão despertada em muitos adultos pela presença de algumas crianças com deficiências importantes, aqueles que desejam criar comunidades inclusivas precisam refletir sobre o significado da educação, como ela pode ser melhor ministrada e como ela pode ser subvertida. A educação é a maneira de tornarmo-nos mais humanos, o texto do príncipe Sidarta que era protegido por seu pai de todas as mazelas da sociedade mostra que todos pais desejam que seus filhos cresçam inteligentes e felizes, e sentem uma urgência de construir muros seguros ao redor de sua infância para fortalecer seu corpo e sua mente nas exigências da vida adulta. Na verdade nossas crianças anseiam tanto confrontar tais realidades que negá-las impede o seu crescimento como seres humanos. A jornada do crescimento humano pode incluir períodos de viagens solitárias, como fez Sidarta, mas sua jornada, como a de qualquer ser humano, inicia-se, termina e caminha através de relacionamentos pessoais, cuja qualidade determina a profundidade da educação de cada um de nós.
Conclui -se então que a construção da comunidade inclusiva , uma parceria profissional, ética e de respeito e aceitação vincula o ensino à educação.

“Inclusão é sair das escolas dos diferentes e promover a escola das diferenças”.
(Mantoan)






REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
*Texto “A Inclusão como uma Força para a Renovação da Escola”, c.3. John O' Brien e Connie Lile O' Brien.
* www.elizabethsalgado.com/inclusãoescolar.

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Início de conversa

Olá pessoal boa noite, para começar os posts deste blog, venho dizer que este será destinado a discutirmos assuntos de muita(ou pouca)importância,para a postagem de dicas e também tutoriais de como se fazer várias coisas do tipo "faça você mesmo" e coisas mais!Abraços a todos e fiquem ligados, nesse blog que com certeza vai falar de algo que te interesse!Para começo de conversa aceito sujestões para os próximos posts de qualquer assunto ou ideia que vos interesse,deixe sua sujestões nos comentários!